Sobre a obra

O presente relatório tem como objetivo apresentar as observações e avaliações realizadas durante visita ao Canal Adutor entre os días 26 e 28 de Agosto de 2015, mais especificamente na inspeção da condição de presença de água no revestimento do Túnel Mandacarú, com extensão de 2.680m entre o km 69+020 e km 71+700 e propor alternativas de soluções para o problema. O Túnel mandacaru teve sua escavação concluída no mês de Maio de 2015, fazendo parte do canal de adução do Sertão Alagoano do Trecho III, com início das atividades previstas para o mês de Setembro de 2015.

Ao final dos trabalhos de escavação do Túnel a equipe de Acompanhamento Técnico de Obra (ATO) da empresa Núcleo Projetos e Consultoria, fez a indicação da necessidade de se instalar sistema de drenagem curto em diversos pontos ao longo do Túnel Mandacarú. Esta recomendação foi feita tendo em vista que os dados de projeto indicam que o revestimento não foi dimensionado para suportar sobrecargas de pressões hidrostásticas, especialmente em sua fase construtiva, necessitando, portanto, pontualmente, de drenos para a interface rocha/concreto projetado.

Desse modo foi solicitada uma reavaliação das condições do revestimento ao mesmo corpo técnico responsável pela emissão do relatório de maio de 2015, atualizando assim os dados anteriormente destacados no tocante a condição de fluxo de água.

Dados da visita

As informações para a elaboração deste Relatório estão baseadas nos trabalhos de campo realizados entre os dias 26 e 28 de Agosto de 2015 pelo profissional Geól. Dr. Hugo Merconchini da Núcleo Projetos e Consultoria, acompanhado do Eng. Luiz Eduardo Hunka Sena da Câmara da empresa Construtora OAS.

Durante a visita foi apresentado pelos técnicos da OAS os dados com breve histórico da obra, avaliações técnicas e intervenções realizadas até o presente momento, com destaque para os dados apresentados em relatório de ATO Maio 2015 e Vistoria da Fiscalização 2015.

Ao final da visita ao campo foi realizada uma breve reunião técnica com os representantes da Construtora OAS, Eng. Virgilio Manzini e Emmanoel Justiniano Ferreira, onde foram apresentadas as primeiras impressões sobre as observações de campo e seus resultados, indicando as medidas cabíveis para operação do túnel com a segurança devida.

Observações e dados levantados durante a visita

Os dados da vistoria foram sintetizados na forma de tabela, como apresentado abaixo, de forma a poder comparar com os dados previamente levantados pela equipe de ATO. Destaca-se ainda que todo a extensão do túnel foi vistoriada, com o intuito de se verificar a formação de novos pontos e/ou concentração de fluxo de água sob o revestimento.

Considerações finais

Como base ao que foi apresentado e descrito ao longo deste trabalho, recomenda-se que apenas nas proximidades da estaca 3566+0,00 sejam instalados dois drenos curtos, de forma a permitir a drenagem pontual no contato concreto projetado/rocha.

Apenas nos locais que ainda persistiram infiltrações na forma de gotejamento foram indicados os drenos curtos, sendo dispensáveis em locais de pequenas manchas que podem vir a ocorrer de forma isolada e temporária sem risco ao revestimento de projeto. Este comportamento pode ser observado em outros locais em que foram instalados drenos curtos durante a fase de construção do túnel e que hoje estão secos.

As diferenças entre as duas vistorias ocorrem devido ao estabelecimento de novas redes de fluxo da água subterrânea em meio fissurado, e portanto, não sendo mais necessários nos locais previamente estabelecidos no relatório de ATO maio 2015.

Entende-se ainda que os drenos curtos sempre tiveram caráter provisório e seriam especialmente importantes na fase de execução e por isso a indicação ainda durante aquela fase do túnel.

A partir do momento que o túnel de adução entrar em operação uma nova rede de fluxo da água subterrânea poderá ser estabelecida e por esta razão os processos de carga (enchimento parcial) e descarga (esvaziamento total) devem ocorrer de forma controlada.

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