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Linha 5 – Lote 8: Metrô de São Paulo – SP

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Sobre a obra

A área do Pátio Guido Caloi, Lote 8, da Linha 5 da CMSP foi projetada para contemplar o estacionamento de trens em 22 linhas de via permanente em uma primeira etapa, e mais 13 linhas para uma futura expansão.

A CMSP disponibilizou parte da região do Pátio para servir de área de apoio à construção do trecho em “shield”, Lotes 3 e 7 da Linha 5. Parte da área, também corresponde a área de edifícios, em cota mais baixa que a das fábricas. Na Figura 2 a seguir é apresentado o “layout” da área do Pátio destinada à implantação das 35 linhas de via permanente, além do destaque para as áreas indicadas acima.

As imagens de fotografia aérea da região, recente (2008) e antiga (1958) (Foto 1), indicam que a região do Pátio corresponde a uma área de meandros e paleovales da várzea do rio
Pinheiros, o que implica na presença de espessuras consideráveis de sedimentos aluvionares e solos moles associados, como pode ser confirmado na campanha de investigações diretas de subsuperfície.

As sondagens realizadas e as informações de terraplenagem na região do Talude próximo ao Bloco A, na área de edifícios lateral a Fábrica do Lote 3 no Pátio Guido Caloi indicam, a partir da superfície do terreno, uma camada de aterro novo executado durante a obra sobre um aterro antigo, seguido de sedimentos aluvionares relacionados a bacia hidrográfica do rio Pinheiros, assentados sobre os produtos de alteração do embasamento cristalino.

Considerações finais

Para implantação da pista de tráfego para acesso de suprimentos a fábrica do Lote 3 e escavação dos blocos localizados junto ao pé do talude, será necessária uma mudança na geometria do talude original do projeto e deve-se considerar o perfil de sub-solo de acordo com as diferentes camadas identificadas nas sondagens de referência.

A verificação da estabilidade para o talude sem tratamento apresentou fator de segurança muito baixo (FS < 1,0) condicionado pela presença de materiais com baixa resistência, como o aterro antigo e o aluvião argiloso, além do nível d’água elevado localizado próximo ao pé do talude. Neste caso o FS médio corresponde a faixa entre 0,754 (sem carga) e 0,665 (com carga).

A verificação da estabilidade para o talude após implantação da contenção em “soil nailing” proposta pela CMSP, com agulhamento da berma inferior e rebaixamento do NA apresentou um aumento no fator de segurança, porém sem atingir o FS mínimo para a obra.

Por fim, realizou-se uma verificação adicional considerando intenso agulhamento (#1,50 x 1,0 m e L = 12 m) nas duas bermas, porém o fator de segurança adequado (FS > 1,3) somente é atingido com a escavação no nível do topo dos blocos de coroamento. Desta forma, seria necessária uma escavação parcializada (cachimbos) dos blocos de fundação, com impacto importante no cronograma da obra.